Apostila de Fotografia Curso Fundamental - E-book para baixar

Por definição de dicionário, Fotografia é “arte ou processo de fixar numa chapa
sensível, com o auxílio da luz, a imagem dos objetos”, uma impressão da luz refletida
pelos objetos, por assim dizer.
Para nós fotógrafos, a luz é a matéria-prima de nossa expressão, da nossa comunicação.
É através da captação da luz que transmitimos nossas sensações, nossas
opiniões sobre algo e que registramos um momento, o “momento decisivo”, tornando-
o único e eterno.
A Fotografia é uma das mais populares formas de expressão artística. Por mais
mecânica e automática que possa parecer a Fotografia, ela é uma atividade expressiva
e qualquer pessoa pode fazer boas fotos. E cada pessoa possui uma maneira
própria de fotografar, pois opta por um tema determinado, um enquadramento e um
momento de disparo específico.
Uma foto vale por mil palavras, pois transmite de imediato, sentimentos e emoções,
penetrando em nossas almas. Mas, no mundo de hoje, somos diariamente bombardeados
por imagens, seja pelas revistas e jornais, ou pela televisão, cinema e internet.
Este excesso de imagens ofusca nossa visão e muitas vezes acabamos por não
perceber numa imagem a sutileza da sua luz, o impacto da sua cor e a revelação de
uma textura por ela apresentada.
Adquirir o hábito da observação, crítica e técnica, da luz e dos elementos do
cenário é que nos tirará da condição de consumidores passivos, engolidores de imagens,
com dificuldades em degustá-las e entendê-las.
As fotografias são realizadas pelos fotógrafos, não por suas câmeras. Ao preparar-
se para fazer uma foto, qualquer ser humano será influenciado por sons e odores
do ambiente; por seu próprio estado de espírito; por sentimentos e experiências pessoais.
Todos esses elementos determinarão a interpretação que seu cérebro fará da
imagem vista por seus olhos.
A fotografia é uma interpretação pessoal e, portanto, parcial da realidade. O
fotógrafo experiente sabe como salientar na imagem fotográfica exatamente aquilo
que valorize sua interpretação da cena, utilizando vários recursos técnicos, como objetivas,
filtros, abertura de diafragma e tempo de exposição. Pode-se dizer que uma
boa fotografia consiste naquilo que é visto pelo fotógrafo e na sua capacidade para
1. INTRODUÇÃO
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AQUI RESIDE A ESSÊNCIA DA FOTOGRAFIA:
registrá-la. “Ver” com imaginação é o que diferencia o bom fotógrafo daquele apenas
competente.
Belas paisagens naturais ou monumentos e prédios históricos, como vemos
freqüentemente em nossas viagens, oferecem-nos bons estímulos para a fotografia,
mas nem por isso, teremos belas imagens ao fotografá-los. Já o banal encontrado em
nosso cotidiano, na rua onde moramos, se bem observado, pode render fotografias
únicas e maravilhosas.
O APRENDIZADO DO OLHAR.
2. A CÂMERA FOTOGRÁFICA
É a principal ferramenta do fotógrafo. Uma boa câmera fotográfica aliada ao domínio
técnico sobre seus mecanismos e ajustes é o que, juntamente com um “olhar”
capaz de identificar o momento certo do click, fará com que a imagem captada transmita
a informação correta com o impacto desejado. A câmera fotográfica é composta
basicamente por duas partes: corpo e objetiva. Na área externa do corpo da câmera
fotográfica encontramos, entre outras coisas, botões de acionamento e navegação
em menus, comandos de determinados mecanismos, visores ópticos e eletrônicos.
O principal mecanismo existente no interior do corpo da câmera fotográfica
é o obturador. Este mecanismo é responsável pelo controle do tempo de exposição
da fotografia, ou seja, por determinar quanto tempo o sensor ficará capturando
a luz da cena, seja um décimo ou um centésimo de segundo ou qualquer outra
fração de tempo.
Quanto maior for o tempo de captura, maior será a quantidade de luz captada
e quanto menor for o tempo de captura, menor será a quantidade de luz captada da
cena. Além da captação da luz, o obturador influencia diretamente na forma de registrar
os objetos que estejam em movimento na cena que está sendo fotografada. Existindo
objetos em movimento na cena, estes poderão ser “congelados” (capturados
com tal nitidez que pareçam não estar em movimento) ou “borrados” (capturados
com pouca nitidez, o que nos dá a sensação visual de algo em movimento).
Quanto mais rápido for o tempo de captura, maior será a tendência de “congelar”
os movimentos, e quanto mais lento for o tempo de captura, maior será a tendência
de “borrar” os movimentos da cena. A esse tempo de exposição, no vocabulário
da Fotografia, denominamos velocidade do obturador.
Na objetiva da câmera que, de forma mais comum, chamamos de lente, encontramos
o mecanismo do diafragma e o de focagem.
Assim como o obturador, o diafragma também é responsável pelo controle da
exposição à luz. Trata-se de um orifício composto por um conjunto de lâminas que,
conforme se sobrepõem, aumentam ou diminuem o diâmetro deste. Como a luz passa
por este orifício, ele também é responsável pela quantidade de luz que será captada.
Quanto maior for o diâmetro do orifício, maior será a passagem de luz por
ele e, quanto menor for seu diâmetro, menor será a passagem de luz. O diafragma
também influencia diretamente na profundidade de campo da cena fotografada.
Sempre que vamos fotografar algo, dirigimos o foco da lente para um determinado
ponto (ponto de focagem). A profundidade de campo é a área dentro da qual os
objetos se encontram razoavelmente nítidos, tanto atrás como na frente do ponto
de focagem. Grande profundidade de campo gera nitidez razoável à frente e atrás
do ponto de focagem e pouca profundidade de campo gera desfoque logo à frente
e atrás do ponto de focagem.
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Quanto maior for o diâmetro do orifício do diafragma, menor será a profundidade
de campo e, quanto menor for o diâmetro do orifício, maior será a profundidade
de campo. Na Fotografia, para representarmos o diâmetro da abertura do diafragma
utilizamos os chamados números F

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